Entrevistamos a DJ Brasiliense Kell Kill!
- Edson Codenis
- 20 de mar. de 2014
- 4 min de leitura
O Midiaphone foi atrás e conseguiu uma entrevista com a ocupadíssima DJ, Cantora, apresentadora de Rádio Web e Precursora do World Goth Day no Brasil, Kell Kill.
1 - Conte pra nós como tudo começou.
KK - Bom, eu comecei em 1999. Na época eu namorava o guitarrista da banda 5 Generais . A banda dele estava inativa desde 1992 e eu sempre incentivei que a banda pudesse ter um retorno. Então, a banda voltou naquela época e eu ia em todos os ensaios e sempre pedia a ele que me deixasse cantar alguma música, pois eu era fã também. Eu até pedi que me incluísse como integrante. Mas a resposta que ele sempre me dava era que a banda não era pra se ter uma mulher, ele então sugeriu que eu pudesse ter a minha própria banda. E ele formou a Morffina, a minha primeira banda com influências do Post Punk e rock brasiliense, a banda durou até 2003.
2 - E a carreira de DJ?
KK - Eu comecei em 2007 como produtora, pois era eu quem fazia os contatos de shows da banda que tive naquela época, eu produzi alguns eventos para que a banda pudesse tocar. Iniciei como DJ em 2008, mais por um motivo de necessidade do que um hobby, e assim nasceu o Projeto Lasciva Nociva. Tempos depois, recebi um convite do proprietário da Rádio Acidic Infektion para atuar como apresentadora, no começo de 2012. Eu tive um pouco de resistência no começo, pois eu pensava que não teria uma boa desenvoltura para interagir com o público, mas o Programa Lasciva Nociva começou no dia 11 de Abril, já está completando 2 anos de existência e fico muito feliz com isso.
3 - De onde vem sua inspiração?
Meus idolos na musica são: Siouxsie and The Banshees, Arte no Escuro, Christian Death, Duran Duran, Joy Division, Escarlatina Obsessiva, Plastique Noir, Angels of Liberty, Visage, Rhombus , Horse and Hattock, Bauhaus, The Sisters of Mercy, The Cure, Clan Of Xymox, Poesie Noire, e muitas outras bandas que me inspiram muito. A minha maior inspiração mesmo vem da banda Siouxsie and The Banshees. Eu gosto do vocal de Siouxsie Sioux e de sua exuberância performática e isso me inspira bastante na hora que eu estou sobre o palco, eu meio que incorporo um pouco a essência dessa formidável artista. Outra figura inspiradora para mim é a Mariele Loyola, que foi vocalista das bandas de Brasília como Arte no Escuro e Escola de Escândalo. Nos anos 80 era muito dificil uma banda com vocal feminino e a Mariele me inspira a sua força e amor pela música e por ter sido uma grandiosa artista no cenário de Brasília.
2 - Fale um pouco sobre as suas atividades recentes.
KK - Bom, ultimamente eu tenho feito algumas participações especiais. Gravei recentemente com a banda Horse and Hattock lá em Londres e foi uma experiência maravilhosa. Conheci algumas pessoas maravilhosas nesta minha estada na Inglaterra, Conheci o Edward Grassby da Banda Rhombus e o Si Denbigh Da banda The March Violets ( e ex integrante da banda Sisters of Mercy) e o DJ Cruel Britannia o idealizador do World Goth Day. Em 2015 irei fazer parte mais uma vez no Festival Woodgothic. Ainda continuo fazendo minhas discotecagens pelo Brasil, e estou com mais um programa de rádio ao vivo na Ruido Urbano e um DJ Set na Rádio Angst Projekt. A minha vida não pára, a cada dia eu me surpreendo com os convites que eu venho recebendo.
3 - O que você acha do cenário atual de musica alternativa?
KK - Eu acho que a cena alternativa vem crescendo todos os dias, fico surpresa pela quantidade de bandas maravilhosas que temos nos dias de hoje no Brasil e no mundo. O que poderia melhorar na minha opinião é o interesse das pessoas a assistirem mais shows de bandas autorais e ir nos eventos voltados as vertentes da música alternativa. As dificuldades que eu vejo é apenas na parte de ser produtora e artista independente. Os incentivos são os mínimos porém quando se gosta de algo, não devemos cruzar os braços, pois nada se cai do céu e é isso que eu tenho feito.
4 - Como DJ, como você lida com as novas tecnologias?
KK - Bom, eu tenho déficit de atenção e tenho algumas dificuldades para lidar com a tecnologia. Porém existe uma contradição da minha parte, por ser autodidata eu aprendo muito rápido a manusear algo que me desperta grande interesse. E ser DJ é algo que me envolve em todo o meu ser e não vejo dificuldade em usar algum equipamento para tal fim. Já usei Decks de LP e CD, controladoras, e para jogar na pista eu dou preferências a gravações em wave, pois as vezes o MP3 pode dar algum problema na hora de jogar no equipamento e alguns deles não suportam o formato, e nós DJs sabemos que o formato wave é universal e toca em qualquer aparelho!
5 - Como andam seus projetos?, o que vem de bom por ai?
KK - Os meus projetos estão cada dia mais sólidos. Eu não penso em parar por enquanto e assim que eu tiver a vontade no meu coração eu darei continuidade com os meus trabalhos, seja como vocalista de alguma banda, seja como DJ e produtora. Eu vou a luta e desistir é para os fracos.
Deixe uma mensagem pros fans.
KK - Eu só tenho que agradecer a todos pelo carinho e apoio a minha pessoa. Se não fosse o meu público talvez a Kell Kill já teria desaparecido há muito tempo e eu sou feliz por cada pessoa existir na minha vida! Besos!
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